Mas ela era minha amiga, havia a conhecido muito antes dele, então, não dei ouvidos.
Ele chegou em casa me puxando pelos cabelos, eu achava aquilo engraçado, porque nunca pensei que isso pudesse acontecer, mas aconteceu e doeu, ah, como doeu.
Depois de um tempo foi se fazendo constante e eu já não sabia mais o que fazer, eu só sabia que haviam marcas e não eram sinais de amor, bom, sempre me disseram que era, mas, agora, ali, me olhando no espelho e lembrando de toda sua raiva, não parecia amor e certamente não era.
Eu esperei mais um pouco porque ele havia dito que iria parar e que tudo aquilo era porque ele me amava e eu não demonstrava o suficiente, e eu me senti culpada. Não era merecedora dele, então fiquei, e fiquei, e fiquei e quando vi que não tinham mais espaços no meu corpo para terem mais roxos e hematomas, eu achei que aquela era a hora de ir, e eu fui, mas ele foi atrás, ele me seguiu e matou minha alma.
Eu voltei com ele, para ele, porque ainda o amava e ele disse que se sentia arrependido e que tudo aquilo era culpa minha, e eu acreditei, afinal, o que eu fiz?
Bom, pelo visto, nada, e esse foi o problema.
Depois de mais alguns anos, depois de cinco anos da primeira vez, quando eu já tinha uma filha pequena, ele não havia parado e eu, já havia perdido as esperança, minha filha não sabia o que estava acontecendo e eu fiquei com medo, medo dela achar que aquilo era amor, porque eu não sentia mais, eu só sentia a dor e não queria que ela sentisse também, eu fiz por mim e pelo meu amor.
Via Aléxya Gama
Via Aléxya Gama
Nenhum comentário:
Postar um comentário