Não tinha uma cor específica
Era todas elas
Me chamavam de livre
Não tinha lugar para ir
Nem para voltar
Me chamavam de pássaro
Hoje sou gaiola
Não prendo
Não jogo fora
Deixo entrar
Podiam me chamar de pássaro
Mas não sou
Não tenho cor
Me chamavam de pássaro
Hoje sou gaiola
Eu podia ser um pássaro na gaiola
Mas nunca fui um
Sempre fui o
Por isso
Não cai na mesmice de ser um pássaro na gaiola
Me tornei a gaiola
Não me lembro qual foi a bruxa responsável
Não sei se teve uma
Ao longe vejo um pássaro azul
Pois é, um, não o
Nas cobras que pensam vejo o pássaro amarelo
Isso aí, o, não um
Era eu
Mas agora tem cor
Agora é meu
Via Aléxya Gama
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