Meu querido filme: Escritores da liberdade

                                        

“Quando estiver defendendo um jovem no tribunal a batalha estará perdida, acho que a luta verdadeira deve acontecer aqui, na sala de aula”

Essa frase, que é dita nos primeiros cinco minutos de filme, tem ou ao menos deveria ter um impacto muito grande, afinal, a escola é feita em um contexto só entre a matéria que o professor aprendeu na sala de aula da faculdade e o que nós, alunos, devemos aprender com eles, porém o ambiente escolar é onde os pequenos seres em formação passam maior parte do tempo, a escola acima de tudo teria de ser um lugar de crescimento pessoal, não só algo que gire em torno de uma nota.

Como o filme relata, muitas das pessoas carregam responsabilidades muito maiores do que só ir à escola. Quando se está em um lugar onde toda sua realidade de sofrimento não é levada em conta ou pior, quando ninguém sabe e nem se preocupa em saber o que poderia estar acontecendo com você é algo que certamente te dá uma vontade de fugir. E é nesse contexto que o filme se desenrola.

Durante toda a longa há uma grande discussão entre as questões de preconceito e luta por poder e espaço. Os adolescentes que protagonizam o filme passam por momentos dos mais variados, e quando Erin se torna professora deles, não há nenhuma relação de respeito, nem com a professora e muito menos entre os colegas de classe.

Com o desenrolar do filme, Erin tenta dar liberdade a eles para que possam se expressar e sentir que eles também importam. De acordo com o tempo, o relacionamento entre a turma e a dita professora vai de bom a melhor a cada aula, e Erin por sua vez fica a cada dia mais motivada a ajudar esses adolescentes tão perdidos no mundo e injustiçados.

No meio de brigas, lagrimas, perdas, superações e conversas, cada um dos ali presente na sala tenta ser o melhor que possa ser, e a cada minutinho de filme é possível ver como há tantas injustiças no mundo e como ainda devemos melhorar.

Ainda no início do filme umas das alunas da turma diz a seguinte frase para a professora: “Tem a haver com pessoas decidindo o que você merece, tem a ver com pessoas querendo o que não merecem”
Isso está presente no dia de todos não? O descaso e a desproporção do mundo.